O poema abaixo retrata o cotidiano degradante do homem que atingiu o ápice da miséria.
Quem nunca se deparou com uma cena como a descrita no texto de Manuel
Bandeira? Lamentavelmente, esses fatos acontecem tão rotineiramente que
muitos já nem se importam mais…
O Bicho
“Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
Não era um gato,
Não era um rato.
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